Avaliação da viabilidade do uso de vinhaça como adubo

Gustavo de Moraes CHITOLINA, Márcia Nalesso Costa HARDER

Resumo


A vinhaça é um subproduto resultante dos processos de produção do álcool com alto potencial poluente. Caracterizado como um liquido de cor amarronzada, pH ácido, o que acaba tornando-o um resíduo potencialmente corrosivo e altamente poluidor, além de deixar as usinas com a temperatura próxima ou superior à 80° C dificultando o transporte. Apesar das características químicas da vinhaça caracterizando-a como um resíduo nocivo, a mesma é utilizada, in natura, como adubo nas culturas de cana-de-açúcar. No Brasil, mesmo com a difícil gestão do uso da vinhaça, este subproduto substitui, parcialmente, a utilização de adubos minerais nos canaviais, diminuindo os custos envolvidos na aquisição de insumos agrícolas. Os benefícios encontrados para a fertilidade, rendimento e desenvolvimento da microbiota do solo foram satisfatórios, demonstrado pelos estudos que comprovam um aumento de 70% na produtividade de culturas de cana-de-açúcar. Corroborando, houve aumento de culturas de Bacillus subtilis, sendo estes organismos responsáveis pelo controle de doenças que afetam as culturas de cana-de-açúcar. Contudo, como malefícios apresentados pelo uso exacerbado e irresponsável da vinhaça, destacam-se a lixiviação de metais do solo, contaminação de fluxos subterrâneo d’agua, elevação da densidade do solo, grave desequilíbrio ambiental de rios inviabilizando a vida aquática da região e o consumo da água. Portanto, é viável o uso da vinhaça como adubo, porém, destaca-se a importância dos estudos sobre o uso, aumentando ainda mais a consciência e responsabilidades do uso deste subproduto na agricultura, diminuindo os graves impactos ambientais que podem surgir.

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