Cultivo in vitro de diferentes genótipos de pinhão-manso (Jatropha curcas L.)

Resumo

O uso das energias renováveis é uma das alternativas mais difundidas para enfrentar o aquecimento global. O biodiesel é uma das principais opções, em especial o uso da cultura do Pinhão-Manso (Jatropha curcas L.), espécie com forte resistência a seca e viável para pequenas propriedades rurais com mão-de-obra familiar. Um desafio a ser vencido é a produção e obtenção de mudas selecionadas a partir de plantas matrizes superiores, e o objetivo deste trabalho foi propor um protocolo para obtenção de mudas-clones e calos de variedades de pinhão-manso. Para isso, foram utilizados embriões de pinhão-manso, extraídos de sementes fornecidas pela EMBRAPA (253-II-4, 183-I-2 e 170-II-1) e doadas para a Fatec Piracicaba. Os embriões zigóticos foram extraídos das sementes em câmara de fluxo laminar, com o auxílio de bisturi. A assepsia foi realizada com solução de hipoclorito de sódio comercial por 5 minutos, seguida de lavagem em solução de etanol 70% por 2 minutos. Os explantes foram enxaguados em água autoclavada e inoculados nos meios de cultura. Todos os tratamentos foram suplementados com sacarose (30 g.L^-1) e agente solidificante phytagel (2,4 g.L^-1): T1 – 50% dos sais do meio MS (MURASHIGE; SKOOG, 1962); T2 – 50% dos sais do meio MS + 0,2mg.L^-1 de BAP + 0,2mg.L^-1 de NAA; T3 – 50% dos sais do meio MS + 0,3mg.L^-1 de BAP + 0,2mg.L^-1 de NAA; T4 – 50% dos sais do meio MS + 0,4mg.L^-1 de BAP + 0,2m.L^-1 de NAA. O pH dos meios foi aferido para 5,7±1 antes da autoclavagem por quinze minutos.  O genótipo 253-II-4 apresentou melhor resultado para produção de calos, plantas e raízes, sendo o mais indicado para o cultivo in vitro, enquanto o os genótipos 138-I-1 e 183-I-2 foram os que mais oxidaram e menos responderam à indução. A melhor formulação para induzir a germinação de embriões é T1, enquanto que T3 foi o meio que os genótipos desenvolveram mais calos.