Avaliação do potencial energético do resíduo sólido urbano dos municípios de Piracicaba, Limeira, Rio Claro e Americana – interior de SP

Resumo

O resíduo sólido urbano (RSU) é o material que se encontra no estado sólido ou semissólido, originado das diferentes atividades humanas, podendo ou não apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente. O aumento da produção de RSU se tornou um problema para o setor público e para a sociedade, em virtude do potencial de contaminação de lençóis freáticos, proliferações de insetos e animais, bem como a disseminação de doenças. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleceu medidas para o tratamento e destinação adequada do RSU com a intenção de reduzir tais impactos, recomendando que sejam reciclados e/ou tratados. Tratamentos como por processos térmicos ou biodigestão anaeróbica para produção de biogás, apresentam potencial para aproveitamento energético dos resíduos. Este trabalho levantou a produção e caracterização do RSU dos municípios de Piracicaba/SP, Limeira/SP, Rio Claro/SP e Americana/SP; para calcular o potencial energético destes RSU, pelas as equações do IPCC e USEPA de produção de biogás e índices de conversões energéticas por processos térmicos – incineração, pirólise e gaseificação; e estimaram-se a geração de energia elétrica possível neste caso. Estes municípios poderiam cumprir a PNRS e tratar o RSU produzido por cada um, dando uma destinação adequada e gerando energia elétrica. A caracterização e produção dos RSU foram obtidas com a revisão de literatura. Os resultados apresentaram valores promissores, tanto através da produção de biogás quanto pelos processos térmicos – mais indicado. Concluiu-se que há potencial energético do RSU nos municípios estudados, bem como a possibilidade de gerar energia elétrica renovável aos municípios e que os processos térmicos são mais vantajosos, por apresentarem estimativas maiores, mais próximas do real, reduzirem o volume e massa do RSU, eliminarem a necessidade de grandes aterros sanitários, darem um tratamento sanitário, evitarem proliferação de insetos e animais, além de ampliarem a vida útil dos aterros.